Simpósio de Psicologia e Cuidados Paliativos destaca sensibilidade e humanização no cuidado pediátrico
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Simpósio de Psicologia e Cuidados Paliativos destaca sensibilidade e humanização no cuidado pediátrico

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O Simpósio de Psicologia e Cuidados Paliativos, realizado em 10 de outubro, reuniu profissionais do Sabará Hospital Infantil, do Instituto Pensi e da Fundação José Luiz Setúbal em uma programação on-line voltada à reflexão sobre o cuidado integral na pediatria.

O encontro abordou temas como terminalidade em pediatria, bioética, sofrimento psíquico e saúde mental, com palestras que destacaram o valor da escuta, da empatia e da interdisciplinaridade no atendimento a crianças e famílias.

Planejar o cuidado com sensibilidade

Moderada por Cintia Tavares Cruz e Monica Kagohara, a primeira mesa destacou a importância de planejar o cuidado com base no diálogo e na ética, considerando as necessidades da criança e o papel ativo da família. As falas ressaltaram o valor do plano avançado de cuidados como instrumento de sensibilidade e respeito, permitindo decisões compartilhadas entre equipe e responsáveis.

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Um momento marcante do simpósio foi o relato dos pais Franciane e Fernando Vilela Soares, que contaram a história do filho Nicolas. “Mais dias de vida ou mais vida aos dias?” o tema do relato resumiu o escopo da mesa, lembrando que o cuidado paliativo é, acima de tudo, uma forma de cuidar e valorizar a vida e o vínculo até o fim.

Cuidar até o fim: o olhar para a terminalidade

A segunda mesa, conduzida por Regina Grigolli Cesar e Daniela Berti, abordou os cuidados de fim de vida em pediatria e a importância de oferecer suporte emocional às famílias e às equipes. As palestras destacaram práticas que humanizam o processo de despedida, como o adequado manejo de sintomas, acolhimento, a comunicação clara e a integração entre profissionais.

Os depoimentos de Paola e Rodrigo Leite Gonçalves, pais de outro paciente, emocionaram os participantes ao mostrarem como o acolhimento hospitalar ajuda a transformar o luto em afeto e memória. A mesa reforçou que o cuidado não termina com a cura, mas se estende ao apoio diante da perda.

O sofrimento psíquico e o cuidado integrado

Sob moderação de Magda Budzinski e Renata Zampol, a terceira mesa discutiu como o sofrimento emocional interfere no cuidado clínico e na recuperação da criança. Especialistas reforçaram o papel da psicologia hospitalar na escuta e no acolhimento, ajudando a lidar com sentimentos de medo e impotência tanto dos pacientes quanto das famílias.

Temas como autonomia da criança hospitalizada e expressão dos sentimentos mostraram a importância de integrar saúde física e mental. A apresentação do programa Nacri evidenciou a necessidade de espaços institucionais voltados à escuta e ao cuidado psíquico dentro dos hospitais.

Saúde mental na infância e adolescência

Encerrando o evento, a mesa moderada por Cristina Borsari e Aline Lopes trouxe discussões sobre ansiedade, depressão e relações interpessoais na infância e adolescência. As palestras destacaram a importância da comunicação entre equipes, famílias e escolas para criar uma rede de apoio que ultrapasse o ambiente hospitalar.

O depoimento de Marcella Menha, mãe-parceira do Comitê de Mães em Paliativos, encerrou o simpósio com emoção, ao destacar o valor da espiritualidade e da empatia no cuidado. A mesa reforçou que a saúde mental também é um ato coletivo de escuta, acolhimento e amor.

Um evento para inspirar e humanizar

O simpósio reforçou a relevância do diálogo entre ciência, ética e sensibilidade no cuidado pediátrico, valorizando a atuação da psicologia nos processos de dor, luto, saúde mental e dos cuidados paliativos no cuidado integrado, humanizado e centrado na criança. A mensagem final destacou a necessidade de integrar o cuidado técnico ao cuidado humano, promovendo escuta, acolhimento e respeito à singularidade de cada paciente e sua família.

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Comunicação PENSI

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